
Após estudante de medicina afirmar ter contraído HPV em uma academia, especialistas fazem um alerta
A estudante Victoria Sartorelli gravou e compartilhou um vídeo nas redes sociais, revelando que contraiu o vírus HPV ao usar um dos equipamentos enquanto se exercitava na academia. No entanto, especialistas afirmam que essa infecção não é sexualmente transmissível e que não é possível pegar o vírus por meio do contato com objetos.
De acordo com as estatísticas, existem pelo menos 200 tipos de vírus HPV registrados no mundo, e nem todos estão relacionados às áreas genitais. O tipo de HPV contraído pela estudante não representa riscos para a saúde. Victoria notou uma verruga em seu dedo e decidiu consultar uma dermatologista, que confirmou ser causada pelo vírus HPV.
A ginecologista Carolina Corsini, especialista em tratamentos para HPV, esclareceu que essa variante do vírus é bastante comum, até mesmo entre crianças. “Esse HPV que provoca a verruga no dedo pertence à mesma família do tipo genital, mas é uma outra variedade. Ele apenas causa essas verrugas comuns e não apresenta risco de evoluir para doenças graves”, finalizou a especialista.
A professora e ginecologista Fabiene Castro Vale destacou que não há razões para alarmes desnecessários, pois esse tipo de HPV difere daquele responsável pela infecção sexualmente transmissível.
“Não há motivo para pânico; esse tipo de HPV é comum e suas consequências são mínimas. Ele provoca somente lesões cutâneas. É diferente do HPV mais conhecido, aquele genital, que é transmitido sexualmente e possui vacina disponível”, explicou.