Clima tenso no terras do rio verde em Trancoso: famílias denunciam grilagem, ameaças e violência
Famílias tradicionais de Trancoso, enfrentam uma longa disputa por terras na região conhecida como Terras do Rio Verde, marcada por desmatamento, fraudes documentais, invasões e ameaças. A propriedade, registrada oficialmente desde os anos 1960 por famílias de Aloízio Soares Martins e Benedicta Teixeira de Medeiros, tem sido alvo de conflitos acentuados desde 2020, incluindo invasões, cortes de árvores e ações judiciais diversas.
A partir de 2006, áreas foram doadas e vendidas a terceiros, como o empresário Philipe Meuus, que teria comprado direitos de herança questionáveis, usando documentos considerados falsos, como a “matrícula voadora”. Embora a Justiça já tenha reconhecido os direitos das famílias em várias ocasiões, decisões recentes tentam reverter essas conquistas, e há denúncias de abusos, destruição de documentos, incêndios e perseguições contra os moradores, muitos dos quais são analfabetos ou têm pouco apoio das autoridades.
O conflito reflete um longo historicco de disputa por terras na região, que possui valor turístico e ambiental, envolvendo interesses econômicos e famílias tradicionais, com tentativas constantes de garantir o direito dessas comunidades de permanecerem nas suas terras ancestrais.
