
Ex-vocalista da banda Bonde sertanejo foi detido na operação Sucesso Falso, que investigava fraudes no Spotify.
O sertanejo Ronaldo Torres de Souza usava perfis falsos e bots para enganar o Spotify e gerar streams falsos, causando um grande prejuízo para compositores.
O Ministério Público revelou em abril de 2024 um esquema envolvendo perfis falsos que desviavam lucros de músicas no Spotify. Segundo a UOL, a operação, que resultou na primeira prisão por fraude em streaming no Brasil, identificou Ronaldo Torres de Souza, de 46 anos, como o mentor do esquema.
Preso preventivamente em 5 de dezembro em Passo Fundo (RS), Ronaldo confessou as acusações, divulgadas pela UOL. Ele, que já tentou alcançar o sucesso como cantor sertanejo, foi acusado de gerenciar uma rede de perfis falsos que publicavam músicas roubadas de outros compositores. Para simular popularidade, robôs criavam reproduções falsas nas faixas.
As investigações, reveladas pela UOL, apontam que Ronaldo usava documentos falsos para cadastrar os artistas, mas redirecionava os ganhos das músicas para sua própria conta via Pix. A operação apreendeu cerca de R$ 2,3 milhões em bens, incluindo carros e criptomoedas.
Aceita pela Justiça de Goiás, a denúncia pode levar Ronaldo a uma pena de até dez anos de prisão por crimes como estelionato, falsa identidade e violação de direitos autorais. Após ser liberado da prisão preventiva, ele afirmou estar hospitalizado e não respondeu mais às tentativas de contato. Já seu advogado, José Paulo Schneider, disse que Ronaldo “prestou todos os esclarecimentos ao MP” e seguirá colaborando.
Tecnologia de manipulação de plays
No dia da operação, o Ministério Público identificou a existência de uma “fazenda de streams”, um sistema que cria acessos artificiais para inflar as reproduções de músicas. Em um condomínio de luxo em Recife, 21 laptops foram encontrados simulando que 2.500 pessoas estivessem ouvindo as faixas continuamente.
Além de músicas roubadas, Ronaldo também começou a usar composições geradas por inteligência artificial, ampliando os lucros sem criar nada original. Essa prática reflete um problema global. Dados da consultoria Beatdapp apontam que cerca de 10% das reproduções em serviços de streaming são falsas, desviando cerca de US$ 2 bilhões anualmente.O sertanejo Ronaldo Torres de Souza usava perfis falsos e bots para enganar o Spotify e gerar streams falsos, causando um grande prejuízo para compositores.
O Ministério Público revelou em abril de 2024 um esquema envolvendo perfis falsos que desviavam lucros de músicas no Spotify. Segundo a UOL, a operação, que resultou na primeira prisão por fraude em streaming no Brasil, identificou Ronaldo Torres de Souza, de 46 anos, como o mentor do esquema.
Preso preventivamente em 5 de dezembro em Passo Fundo (RS), Ronaldo confessou as acusações, divulgadas pela UOL. Ele, que já tentou alcançar o sucesso como cantor sertanejo, foi acusado de gerenciar uma rede de perfis falsos que publicavam músicas roubadas de outros compositores. Para simular popularidade, robôs criavam reproduções falsas nas faixas.
As investigações, reveladas pela UOL, apontam que Ronaldo usava documentos falsos para cadastrar os artistas, mas redirecionava os ganhos das músicas para sua própria conta via Pix. A operação apreendeu cerca de R$ 2,3 milhões em bens, incluindo carros e criptomoedas.
Aceita pela Justiça de Goiás, a denúncia pode levar Ronaldo a uma pena de até dez anos de prisão por crimes como estelionato, falsa identidade e violação de direitos autorais. Após ser liberado da prisão preventiva, ele afirmou estar hospitalizado e não respondeu mais às tentativas de contato. Já seu advogado, José Paulo Schneider, disse que Ronaldo “prestou todos os esclarecimentos ao MP” e seguirá colaborando.
Tecnologia de manipulação de plays
No dia da operação, o Ministério Público identificou a existência de uma “fazenda de streams”, um sistema que cria acessos artificiais para inflar as reproduções de músicas. Em um condomínio de luxo em Recife, 21 laptops foram encontrados simulando que 2.500 pessoas estivessem ouvindo as faixas continuamente.
Além de músicas roubadas, Ronaldo também começou a usar composições geradas por inteligência artificial, ampliando os lucros sem criar nada original. Essa prática reflete um problema global. Dados da consultoria Beatdapp apontam que cerca de 10% das reproduções em serviços de streaming são falsas, desviando cerca de US$ 2 bilhões anualmente.