
Governo lança programa de incentivo à formação de professores com bolsas para estudantes e docentes
O governo federal anunciou nesta terça-feira (14) um conjunto de medidas para valorizar a docência e suprir a carência de profissionais na educação básica. Entre as ações, destaca-se o programa Pé de Meia Licenciaturas, que oferecerá uma bolsa mensal de R$ 1.050 a estudantes que ingressarem em cursos de licenciatura por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Do valor total, R$ 700 poderão ser utilizados mensalmente pelo estudante, enquanto os outros R$ 350 serão depositados em uma poupança, acessível após o beneficiário se formar e iniciar sua atuação em uma rede pública de ensino. Essa medida tem validade de até cinco anos após a conclusão do curso.
O programa é parte da iniciativa Mais Professores, que inclui estratégias para atrair mais candidatos para cursos de licenciatura e reduzir a evasão no ensino superior. Durante o anúncio no Palácio do Planalto, o ministro da Educação, Camilo Santana, enfatizou a importância da proposta.
“Nosso objetivo é estimular a entrada e a permanência de mais estudantes nos cursos de licenciatura, incentivando a formação de novos professores para atender à demanda do país”, afirmou o ministro.
Incentivo à formação e critérios de seleção
A bolsa estará disponível a partir de 2025 para estudantes que alcançarem pelo menos 650 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e se matricularem em cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC). Na primeira fase, serão oferecidas 12 mil bolsas, e os pagamentos começam em abril.
Segundo dados apresentados pelo ministro, no último Enem, 19 mil estudantes com a pontuação mínima optaram por cursos de licenciatura, mas apenas 5 mil efetivaram a matrícula. Metade desses desiste ao longo do curso. A meta do governo é triplicar o número de ingressantes com pontuação elevada.
Apoio financeiro para docentes nas redes públicas
Outra ação destacada é a criação da Bolsa Mais Professores, destinada a docentes da educação básica que atuam em áreas com déficit de profissionais. Os participantes receberão R$ 2,1 mil mensais, além do salário do magistério, e terão a oportunidade de cursar uma pós-graduação lato sensu com foco em práticas pedagógicas.
A adesão ao programa pelas redes estaduais e municipais será regulamentada por edital, previsto para o segundo semestre de 2025. A iniciativa é comparada ao programa Mais Médicos, por sua abordagem estratégica para suprir a carência em regiões desassistidas.
Com essas medidas, o governo busca não apenas aumentar o número de profissionais qualificados na educação, mas também criar condições para sua fixação em áreas prioritárias, promovendo o fortalecimento da rede pública de ensino no Brasil.
Com informações do site Agência Brasil