
Interdição da ponte sobre o Jequitinhonha impacta a economia da região e obriga caminhoneiros a usar desvio perigoso em estrada de chão
Com a proibição total do uso da ponte de 511 metros na BR-101, localizada em Itapebi, no Sul da Bahia, diversas atividades econômicas às margens da rodovia na Costa do Descobrimento sofreram impacto. Os motoristas de cargas pesadas enfrentam riscos ao recorrerem ao desvio perigoso pela BA-982, que possui 53 km de pista não pavimentada.
O DNIT informou que a interdição deve durar até um ano, mas adverte que a ponte poderá ser demolida nesse período para dar lugar à construção de uma nova estrutura, o que pode deixar a BR-101 fechada por aproximadamente cinco anos. Durante períodos de chuva, como agora, há grande risco de atoleiros e acidentes tanto durante o dia quanto à noite. Logo após a ponte construída pela Veracel Celulose, há trechos com ladeiras acentuadas e desfiladeiros nas margens.
Além da lentidão do transito na via alternativa, outra grande problema é grande impacto causado na economia regional, gerando prejuízos para diversos setores como transporte, postos de combustível, restaurantes, borracharias e outros serviços financeiros.
A BA-982 começa três quilômetros após a instalação da Veracel Celulose, seguindo no sentido de Itapebi até chegar à BR-101 no trevo para Santa Maria Eterna. O percurso total entre esse ponto e Santa Maria Eterna possui aproximadamente 75 km; porém, apenas 22 km são asfaltados.
À noite não é aconselhável trafegar por essa rota devido ao perigo e à ausência de movimento. As condições das estradas de terra, sob responsabilidade da Veracel Celulose, tornam-se inviáveis para o tráfego pesado especialmente em períodos chuvosos. Antes da interdição, cerca de 10 mil veículos diários passavam pela ponte em Itapebi.