Home Notícias Educação Lula sanciona lei que restringe uso de celulares em salas de aula
Lula sanciona lei que restringe uso de celulares em salas de aula

Lula sanciona lei que restringe uso de celulares em salas de aula

Na segunda-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Projeto de Lei 104/2015, que limita o uso de dispositivos eletrônicos portáteis, especialmente celulares, nas salas de aula de escolas públicas e privadas de ensino básico em todo o Brasil. A regulamentação da medida será definida por decreto presidencial nos próximos 30 dias, garantindo a aplicação da norma já no início do ano letivo, em fevereiro.

Aprovada pelo Congresso Nacional no final de 2024, a lei foi destacada pelo presidente como um marco para a educação brasileira. “Essa sanção representa o compromisso com a qualidade da educação e com o bem-estar de crianças e adolescentes no ambiente escolar”, afirmou Lula. O presidente ainda destacou os desafios impostos pela tecnologia no ambiente de aprendizado: “Não é aceitável que, enquanto uma professora ministra sua aula, os alunos estejam dispersos, imersos em celulares e interagindo com conteúdos alheios à sala de aula. É preciso resgatar o humanismo, sem deixar que ele seja dominado por algoritmos.”

Presidente sancionou PL, que limita o uso de dispositivos eletrônicos portáteis nas salas de aula

A medida segue uma tendência internacional, adotada por países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda, que já implementaram restrições ao uso de celulares nas escolas. No Brasil, o projeto conquistou consenso entre governistas e oposicionistas, além de amplo apoio de especialistas e gestores educacionais.

Impactos e regulamentações

De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, a lei restringe o uso de celulares durante as aulas e nos intervalos para fins pessoais, mas permite exceções. Dispositivos poderão ser utilizados para atividades pedagógicas, com a supervisão de professores, ou em casos de acessibilidade e necessidades de saúde. “A ideia não é proibir por completo, mas disciplinar o uso, garantindo que a tecnologia seja uma aliada, e não um obstáculo à aprendizagem”, explicou Santana.

O secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro e autor do projeto, Renan Ferreirinha, classificou a medida como uma das maiores conquistas educacionais do século. Ele reforçou os prejuízos causados pela distração tecnológica: “Quando um aluno se conecta às redes sociais durante a aula, é como se ele se desconectasse do que está sendo ensinado. Essa lei é uma resposta à necessidade de priorizar o foco e a interação no ambiente escolar.”

O Conselho Nacional de Educação (CNE), liderado pela secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva, emitirá orientações para as redes de ensino, buscando implementar a medida de maneira equilibrada. “Nosso objetivo é criar diretrizes que evitem interpretações autoritárias da lei, promovendo um ambiente educativo mais saudável”, afirmou.

Além disso, o Ministério da Educação (MEC) deve lançar guias práticos para auxiliar escolas públicas e privadas a se adaptarem à nova legislação, consolidando um marco que promete transformar a dinâmica do aprendizado nas salas de aula brasileiras.

Com informações da Agência Brasil/ Foto: Divulgação

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários

Fique informado!
Inscreva-se em nossa Newsletter

© Axei Eunápolis 2025. Todos os direitos reservados.