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PF investiga desvio de R$ 48,7 milhões em compra de respiradores; Rui Costa é citado no caso

PF investiga desvio de R$ 48,7 milhões em compra de respiradores; Rui Costa é citado no caso

A Polícia Federal está conduzindo uma investigação que revela indícios de um esquema milionário de desvio de recursos públicos destinados à aquisição de respiradores pulmonares durante o auge da pandemia de Covid-19. Em 2020, o Consórcio Nordeste pagou R$ 48,7 milhões à empresa Hempcare para a compra de 300 respiradores, que nunca chegaram a ser entregues.

Segundo as apurações, o montante foi desviado para despesas pessoais dos envolvidos, incluindo a compra de veículos de luxo, como um SUV Volkswagen Touareg, um caminhão Mercedes-Benz e um Mitsubishi ASX. Faturas de cartão de crédito no valor de R$ 150 mil também foram quitadas, além do pagamento de mensalidades escolares de filhos de um dos suspeitos.

A Hempcare, apesar de não ter qualquer experiência no fornecimento de equipamentos médicos, foi contratada pelo consórcio de nove estados do Nordeste. O valor pago foi integralmente repassado pela empresa a contas de terceiros e empresas que não tinham qualquer vínculo com a venda dos respiradores. Ao menos R$ 5 milhões foram movimentados dessa forma, conforme o inquérito.

A proprietária da empresa, Cristiana Taddeo, firmou um acordo de delação premiada. Em seu depoimento, ela relatou que parte significativa do dinheiro foi destinada ao pagamento de comissões a lobistas que teriam articulado o contrato com o governo da Bahia. A Polícia Federal investiga agora se servidores públicos também foram beneficiados financeiramente.

Apesar das suspeitas, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu recentemente isentar de responsabilidade o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa, que à época era governador da Bahia, e Carlos Gabas, ex-secretário-executivo do Consórcio Nordeste. A decisão contrariou parecer técnico do próprio tribunal, que apontava falhas no processo de contratação e sugeria a aplicação de sanções.

Com a saída de Rui Costa do governo estadual, o processo foi devolvido pela Justiça Federal da Bahia ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), por envolver autoridades com foro privilegiado à época dos fatos.

A assessoria de Rui Costa informou, por meio de nota, que o ex-governador determinou a abertura de investigação pela Polícia Civil do estado em 2020 e defende a responsabilização de todos os envolvidos no esquema.

Foto: Agência Brasil

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